Depois de receber muitas manifestações, mensagens via e-mail, facebook e twitter, sobre minha saída do JB, em respeito e retribuição ao carinho recebido, tenho que dar uma satisfação pública a tantos amigos, leitores, seguidores e colegas de profissão.
É sabido por todos, que o JB vinha vivendo mergulhado em uma grande e profunda crise. Era necessário muita resignação, que eu tive, protelando essa decisão a cada momento de dificuldade apresentado pelos comandantes da náu a deriva. Isso por acreditar que alguma solução milagrosa seria encontrada a qualquer momento, pra salvar aquele lugar mágico que foi meu ninho, minha escola, meu palco. O palco de muitas conquistas importantes como os dois "PRÊMIOS ESSO DE JORNALISMO" de 1990 e 1991. Honraria que só o Jornal do Brasil recebeu na história do prêmio e do jornalismo brasileiro.
Minha decisão foi pragmática e baseada nas informações anunciadas pelo comando da empresa, a cerca do audacioso projeto, que não se encaixou em minhas expectativas pessoais para este momento profissional.
Diante desta rrealidade, só me restou encerrar meu ciclo de 27 anos junto com a edição impressa do Jornal do Brasil, que foi tão importante para o jornalismo, para a democracia, e para a minha vida, ao me consagrar como profissional das artes gráficas.
Abaixo dois dos momentos mais marcantes de minha carreira: Minha primeira charge oficial e também a última. As duas criadas especialmente para o jornal:
Cheguei na casa entre 1983 e 1984 ainda muito jovem, aos 22 anos, sonhando em ser um dia o maior chargista do país. Publiquei muitas caricaturas e ilustrações para outras editorias, até que em 1985, consegui finalmente ver minha primeira charge política estampada na página mais nobre do jornal: A página 10, do editorial e das charges.
Tancredo havia sido eleito e dominava o mundo com seu carisma. A democracia voltava e eu nascia para a charge política nacional.
A última charge mostra a pressa da candidata Dilma em ocupar o lugar do presidente operário, que ainda não é seu, revelando toda a arrogância Petista.
Depois de tantos anos como chargista político diário, me sinto merecedor de umas boas férias. Até breve!