terça-feira, 31 de agosto de 2010

Carta aberta!

Lamentando e sentindo muito ter sido levado a tomar essa decisão, publiquei hoje, dia 31 de agosto de 2010, meu último trabalho como chargista do Jornal do Brasil. Essa edição em que a charge foi publicada, também foi a última da casa, impressa em papel jornal.

Depois de receber muitas manifestações, mensagens via e-mail, facebook e twitter, sobre minha saída do JB, em respeito e retribuição ao carinho recebido, tenho que dar uma satisfação pública a tantos amigos, leitores, seguidores e colegas de profissão.

É sabido por todos, que o JB vinha vivendo mergulhado em uma grande e profunda crise. Era necessário muita resignação, que eu tive, protelando essa decisão a cada momento de dificuldade apresentado pelos comandantes da náu a deriva. Isso por acreditar que alguma solução milagrosa seria encontrada a qualquer momento, pra salvar aquele lugar mágico que foi meu ninho, minha escola, meu palco. O palco de muitas conquistas importantes como os dois "PRÊMIOS ESSO DE JORNALISMO" de 1990 e 1991. Honraria que só o Jornal do Brasil recebeu na história do prêmio e do jornalismo brasileiro.

Minha decisão foi pragmática e baseada nas informações anunciadas pelo comando da empresa, a cerca do audacioso projeto, que não se encaixou em minhas expectativas pessoais para este momento profissional.

Diante desta rrealidade, só me restou encerrar meu ciclo de 27 anos junto com a edição impressa do Jornal do Brasil, que foi tão importante para o jornalismo, para a democracia, e para a minha vida, ao me consagrar como profissional das artes gráficas.

Abaixo dois dos momentos mais marcantes de minha carreira: Minha primeira charge oficial e também a última. As duas criadas especialmente para o jornal:

Cheguei na casa entre 1983 e 1984 ainda muito jovem, aos 22 anos, sonhando em ser um dia o maior chargista do país. Publiquei muitas caricaturas e ilustrações para outras editorias, até que em 1985, consegui finalmente ver minha primeira charge política estampada na página mais nobre do jornal: A página 10, do editorial e das charges.

Tancredo havia sido eleito e dominava o mundo com seu carisma. A democracia voltava e eu nascia para a charge política nacional.


A última charge mostra a pressa da candidata Dilma em ocupar o lugar do presidente operário, que ainda não é seu, revelando toda a arrogância Petista.

Depois de tantos anos como chargista político diário, me sinto merecedor de umas boas férias. Até breve!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Humor livre!

Nós humoristas estamos sempre de prontidão para usar nosso trabalho, principalmente, como instrumento de reflexão. E na maioria absoluta das vezes provocamos essa reflexão com muita acidez, criticando, ironizando, expondo as mazelas. É nossa função, nosso ofício. Nunca é pessoal, mas pela irreverência e licença poética, o humor acaba atingido com mais dureza seus objetivos. Por isso que no totalitarismo, tratam de calar logo os humoristas. A sorte é que o nosso regime é outro, graças a Deus!

Como sempre fiz ao longo de minha carreira, procuro usar também o humor para homenagear, lembrar positivamente de fatos e personalidades importantes que merecem deferência.


A minha homenagem neste domingo foi ao ministro Ayres Britto, que concedeu uma liminar muito importante para os humoristas e para o estado democrático. Estamos novamente livres para trabalhar sem censura, sem repressão, sem mordaça.

Como diz o velho ditado: "martelo que dá em Chico também dá em Francisco". E o bom humor prevaleceu.

A democracia aliviada, agradece.

domingo, 29 de agosto de 2010

Mais PT, menos você!


No progama "Mais PT", com a ajuda de seu fiel companheiro, o "Louro Roussef", Lula Maria Braga prepara uma receita "Federal" de tucano frito.

Pra acompanhar esse prato eleitoral de alta complexidade, que deverá ser servido ainda no primeiro turno, não podia faltar um refogadinho de chuchu, colhido lá no sítio de FHC.

Só resta agora a tucanada rezar pra receita desandar, ou pro "Louro Roussef" abrir o bico!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os porcos se vão, ficam as pocilgas!

Decisão do TSE eliminou mais um ficha suja frequentador assíduo da pocilga política nacional. Mesmo comemorando o resultado, estamos carecas de saber que, se o chiqueiro do planalto central não for destruído num choque de ordem, a lama ainda vai reinar absoluta e impune na prática política Brasileira.

Viva a política nacional!

Ps.: Depois de uma decisão muito difícil, comuniquei oficialmente aos editores chefes do Jornal do Brasil o meu desligamento da casa. Não farei parte da equipe online do produto. Permaneço no entanto com minhas obrigações profissionais até o dia 31, quando será publicada a última edição impressa do jornal.

Num próximo post aqui no Blique, explicarei minhas razões e revelarei detalhes dessa decisão.