sexta-feira, 6 de março de 2009

PMDB no ventilador (Parte 2)

Jarbas Vasconcelos entrou na grande área da presidência do congresso nacional enfiando o bico no balde. Jogada dura e vigorosa, ir até a tribuna reafirmar que o próprio partido é corrupto. Quase um gol contra. Mas os caciques do partido, incluídos na acusação, simplesmente fingiram que nada estava acontecendo. Tudo em vão.

Incrível, inacreditável, mas compreensivo. Afinal de contas esses medalhões da política tem coisas mais importantes a fazer, como garantir mais fundos de empresas estatais, mais cargos políticos privilegiados e mais orçamentos bilionários. Alguém tem que ficar no plantão pra não deixar sem atendimento o balcão de negócios em Brasília. O que é mais surpreendente é a banalização da corrupção e da negociata na política nacional.

Antigamente o que valia num negócio era o bigode, e não era necessário a assinatura de nenhum papel pra que os homens honrassem seus compromissos assumidos. Por coincidência, o chefão e presidente do senado, José Sarney, um dos alvos das acusações de corrupção, tem o tal do bigode na cara. Mas que não vale os fios que tem.

O senador Cristóvão Buarque disse com muita propriedade: "A corrupção virou uma paisagem. O povo passa, vê, e sente nojo. Mas nós (políticos) fingimos que ela não existe".

E assim a vida segue. Esse escândalo vai logo esfriar, assim que o senador Jarbas Vasconcelos perceber que não adianta espernear e gritar, se a população e as autoridades não querem ouvir.

Mais um viva ao país da impunidade!

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