segunda-feira, 20 de abril de 2009

Abaixo a poupança!

A memória do brasileiro é muito fraca. Nós contribuintes continuamos a ser tratados como paspalhos, idiotas e ignorantes pelo governo . Bem, ignorantes eu até concordo, porque o somos e fazemos questão absoluta de permanecer assim. Não nos interessamos em tomar conhecimento de nossos direitos e interesses coletivos. No instante em que soubermos com profundidade como se conduz a política econômica e como são tomadas todas as suas decisões, deixaremos de fazer o papel de palhaços, pagando sempre a conta das alquimias monetárias milagrosas que são criadas por cada governante que tem a chave do cofre de nosso país.

Mais uma vez o governo anunciou que vai mexer na poupança. E a justificativa não faz nenhum sentido lógico pra mim, e nem pra ninguém eu presumo. A explicação da equipe econômica pra fuçar na poupança da gente é de que ela, a poupança ,"corre o risco" de ser inundada pelo dinheiro de grandes e temidos investidores de olho nos bons rendimentos que ela proporciona. Puxa vida, que perigo!!!! 

Peraí! A poupança não foi feita pra se colocar o dinheiro lá e com isso se obter rendimentos? Essa dinheirama depositada lá não serviria, principalmente, pra financiar a casa própria dos menos favorecidos? Por isso, quanto maior o volume de depósitos melhor, não importando a identidade do correntista, nem o seu tamanho?

Parece que não. Em "economês" isso geraria desequilíbrio no mercado. Por isso o governo anunciou que precisa salvar urgentemente o único meio da classe média guardar suas economias e corrigir seu suado dinheirinho. Isso se faz reduzindo imediatamente o percentual de correção atual por um índice mais baixo, pra conseguir afugentar os grandes e terríveis mega investidores. Que "meda"!

Me expliquem isso direito: A título de proteção do pequeno poupador o governo diminui o seu rendimento, e com isso os depósitos na poupança. Mas na prática eles não deveriam ser cada vez maiores pra gerar os recursos necessários permitindo que o próprio governo reinvista no crescimento do país? Isso é uma loucura completa. Uma grande parcela da população que durante anos a fio, financiou a poupança com seus cofrinhos gordos de moedas, guardadas a duras penas, e que agora num momento de crise poderia ter um rendimento maior, será surrupiado descaradamente mais uma vez!

Acorda Brasil! E eles nem passam vaselina no índice que vai invadir nossas poupanças.

Cada povo tem "o cara" que merece! Viva o país dos cordatos! 

2 comentários:

  1. Por um lado concordo com vc, mas vc não entendeu que essa medida tem como objetivo aquecer a economia. Na teoria serve para que os investidores internacionais não se refugiem em nossa poupança, mas invistam em outras áreas. De forma parecida o consumidor brasileiro deverá tirar seu dinheiro da poupança, que já não é atrativo, e usa-lo para o consumo. Vc pode encontrar essa definição em Política Econômica na matéria de Macroeconomia.

    Agora, vamos ser justos... será que funciona?

    Um abraço, parabéns pelo Blog.

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  2. Leonardo,
    Entendo muito pouco de "economês", e não me preocupo com ele no blog. Por acaso essa teoria eu conheço bem, mas não quero ficar discutindo tecnicidades econômicas. O que quis levantar é que sempre sobra pra classe média de nosso país. É uma discussão política, não econômica, eu acho. Um governo que quisesse mudar realmente a economia e suas consequências deveria pensar nisso arrumando uma saída, também técnica, para proteger o pequeno poupador. Ele vai ser prejudicado com um rendimento menor e não vai sair gastando o dinheiro que está lá, usando no consumo, como define a matéria de macroeconomia em política econômica. Principalmente no auge desta crise internacional. E esse suado dinheiro vai continuar financiando a casa própria, ou não? Ninguem toca nos bancos, nos seus faturamentos e tarifas. Pelo contrário, salvam os bancos. Injetam muita grana. Enfim, é uma discussão longa e eu estou querendo ser muito justo. Como chargista faço o papel do diabo, defendendo a solução prática da coisa da maneira mais simples. O que tanto quer a grande maioria da população.
    Obrigado pelo carinho
    Um abraço
    Ique

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