Check-in!

Não sobrou deputado sobre deputado, senador sobre de senador. Ninguém escapou!

O presidente da câmara, deputado Milton Temer, declarou com uma simplicidade e ingenuidade que dava pena: "Não existe regulamentação para o uso das passagens. E essa prática já dura mais de 20 anos. Por isso eu também usava." Fiquei até com vontade de chorar!

Deputado, deputado! Ética não precisa de regulamentação. Ética não é como entrada de cinema e teatro que tem meia. Ética é como verdade, só serve inteira. E bom senso nessas horas é também muito bem vindo. Se um funcionário de suas empresas fizesse isso com o seu rico dinheirinho, esse sujeito seria demitido sumariamente. Ou não iria, deputado!? Mas como todo mundo sempre barbarizou com o erário público, porque o senhor não o faria também? Passar como otário não! Ah, isso não!

Outros políticos alegaram que as doações de passagens aéreas para seus correligionários e parentes, fazia parte da intensa "atividade parlamentar". Considerando que "atividade parlamentar" no nosso país virou sinônimo de corrupção, falcatruas, super faturamentos, e clientelismo, os nobres deputados e senadores estão cobertos de razão.

Como já disse aqui mais de uma vez, a desonestidade já foi institucionalizada como prática política legal. E os políticos são o reflexo da sociedade que comandam. Cada um de nós que elege essa corja faria a mesma coisa em seus lugares, com certeza. E a alegação seria a mesma deles: "Que a honestidade seja regulamentada com o próximo eleito. Não comigo. Não antes que eu encha a minha burra de dinheiro também".

Viva o país da falta de vergonha na cara!